Como medir o gás usado em condomíniosNotícia publicada no dia: 07/06/2017
Ex-síndico apresenta maneiras para controle e economia do insumo
Nos primeiros meses do ano, os condomínios juiz-foranos foram afetados com o aumento das tarifas de diversos serviços. O gás do botijão cilindro P45, muito usado em condomínios, sofreu reajustes variáveis baseados no repasse feito pelas distribuidoras, que foi de 10% em média. A conta de água e esgoto da Cesama teve aumento de 2,6%. Já em abril deste ano, a Cemig voltou a aplicar a taxa extra da bandeira vermelha na cobrança da energia elétrica.
Segundo o proprietário da empresa Líder Gás, Flávio Araújo, o reajuste do gás é feito, normalmente, uma vez ao ano, baseado na convenção coletiva de trabalho, e nos aumentos decorrentes das alterações nos preços dos insumos. Mesmo assim, ele relata que a utilização da central de gás em condomínios com botijões de 45 quilos é vantajosa para os moradores.
“O P45 possui alta pressão e pode ser usado na cozinha e no aquecimento da água das torneiras e chuveiro das residências dos edifícios”, explica o empresário, acrescentando que, com a utilização deste tipo de gás, não há necessidade do morador ficar trocando de botijão, eliminando o risco de ficar sem o insumo.
Para inspecionar o consumo do gás P45 no Edifício Grand Palais, de 8 unidades, localizado no Bairro Bom Pastor, o ex-síndico, João Fávero, desenvolveu alguns controles. Ele conta que, inicialmente, foram fornecidos oito cilindros, ficando quatro em uso e quatro na reserva, sendo que a troca dos botijões era feita na ocasião em que o morador sentisse falta do gás.“O condômino fechava as garrafas vazias e abria as cheias através de uma manete. Depois, preenchia um formulário com a data da troca e anotava quantos dias tinham durado os cilindros, sendo que a média era de 30 dias”, revela.
Com o passar do tempo, o síndico, atento, observou que o intervalo entre as trocas foi diminuindo e então detectou que havia um problema causado pela entrada de ar na tubulação. “Este questão foi resolvida com a simples abertura da torneira de água quente da cozinha para expulsar o ar da tubulação. Com essa medida, o consumo normalizou”, informa Fávero.
Ele também relata que media o consumo do gás do prédio através de um cálculo matemático. “Basta fazê-lo pela soma da leitura do relógio de cada unidade. Da soma total, subtrai-se a soma feita na troca anterior, e este resultado é multiplicado pela constante ‘2,3’ parea transformar o volume em quilogramas”. Este cálculo, se aplicado a cada unidade do condomínio fornecerá o consumo individual das residências. E para calcular o custo do gás consumido, multiplica-se a o resultado da operação acima pelo preço do quilo do gás.
Em abril de 2010, o Edifício Grand Palais também optou pela instalação do manômetro, instrumento que mede a pressão atmosférica de líquidos ou gases e ainda pode ser usado na determinação da velocidade de um fluido. De acordo com Fávero, o manômetro apresenta um visão geral do momento ideal da troca, que é quando o ponto do relógio está próximo do zero. “Atualmente, a manutenção dos cilindros é feita pelo empregado do condomínio que, além da substituição, faz anotações do tempo de consumo e anota a leitura de cada relógio instalado nos apartamentos”, finaliza.
Fonte: O Síndico em revista - Edição 20