Residencial Jardim dos Manacás adere à usina de energia solar

28 nov | 4 minutos de leitura
Para facilitar futuras operações e manutenções, foi deixado um corredor entre os painéis de energia solar.

Novo sistema de geração de energia possibilitará economia de custos no condomínio

Tendo como foco sustentabilidade e economia, o Edifício Antônio Augusto Teixeira – Unidade Integrante do Conjunto Residencial Jardim dos Manacás, localizado na rua Santo Antônio, centro de Juiz de Fora, instalou, recentemente, placas de captação de energia solar. A instalação foi concluída no mês de julho, quando foi efetivada a conexão da central geradora no local. A expectativa é que, a partir da fatura de novembro, seja possível constatar o percentual de economia gerada.

Para Welba, ao optar por essa tecnologia, está se promovendo um estilo de vida mais sustentável e responsável.

 

Até a conclusão da instalação e início efetivo da captação, a síndica Laélia Freire de Almeida Alves conta que vários passos e cuidados foram tomados. “Temos um morador que é professor de engenharia elétrica. Ele listou, em um documento, tudo o que precisávamos para fazer as cotações, e o encaminhamos para empresas indicadas. De posse das propostas, marcamos uma assembleia geral e apresentamos aos condôminos presentes. Na ocasião, discutimos alguns pontos e definimos pela escolha da maioria.” 

Nesse caso, conforme explicou a atendente de condomínios da 676 Administradora, Welba Lúcia de Paula, com a realização da assembleia geral extraordinária com item dedicado ao assunto, venceu o voto da maioria de condôminos presentes, por se tratar de uma obra considerada necessária que gera economia e contribuição ao meio ambiente. 

Sobre a aceitação do projeto, Welba declara que  é importante promover uma comunicação clara e transparente com os condôminos sobre os benefícios da energia solar. E completa: “um projeto bem estruturado, que considere as opiniões e preocupações dos envolvidos, não apenas facilita a aceitação, mas também fortalece o senso de comunidade e engajamento em torno de práticas sustentáveis”.

Economia e sustentabilidade

Economia e sustentabilidade foram os motivos para a escolha do sistema solar fotovoltaico, relatou a síndica. Isso porque a energia solar é considerada uma energia renovável, limpa, gerada com o mínimo impacto ambiental e de forma sustentável, trazendo consigo conceitos como conscientização e preservação do meio ambiente. 

Reforçando a questão, Welba destaca que a instalação de painéis solares pode resultar em economias substanciais nas faturas mensais de energia, permitindo que os recursos financeiros sejam melhor alocados em investimentos na infraestrutura do condomínio ou para diminuição das taxas condominiais. “Isso não apenas beneficia financeiramente, mas também melhora a qualidade de vida, permifindo que o condomínio invista em outras áreas, como segurança e manutenções preventivas e corretivas”, relata.

Segundo o eletrotécnico da Solar Maxx, Pedro Rocha Martins, responsável pela instalação do sistema fotovoltaico no condomínio, os equipamentos para usinas solares são pagos, em média, entre dois e cinco anos, dependendo das condições do financiamento. “Hoje em dia, eles têm garantias longas. Um exemplo é o inversor, cuja garantia é de 12 anos, enquanto os painéis têm garantia de 15 anos. No caso do condomínio em questão, será possível pagar a usina nos três primeiros anos e, durante nove anos, do quarto ao décimo segundo ano, será só economia, tratando-se, portanto, de um ótimo investimento. Após a instalação do sistema, o valor da fatura fica muito reduzido”, destaca Pedro.

 

Após a instalação do sistema, o valor da fatura fica muito reduzido

 

Cuidados com a instalação

Para evitar problemas e acidentes como o que aconteceu em agosto no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Conceição, em Recife, cujo teto desabou matando duas pessoas e ferindo outras 22, é muito importante escolher bem o local para a instalação dos equipamentos e seguir fielmente o projeto e a orientação da empresa contratada que deve ter um profissional técnico habilitado que assine pela obra. 

A síndica Laélia destaca que, antes da instalação, foi feita uma manutenção preventiva no telhado, abrangendo sustentação, telha e calha. “Substituímos o que foi necessário para total segurança na instalação das placas.” A intenção é que o telhado sustente a carga de sobrepeso dos equipamentos, assim como a carga do vento a ser impactada sobre a usina.  

O eletrotécnico ressalta que as características do local precisam ser bem avaliadas. “Precisamos analisar o tipo de telhado, se a estrutura estará exposta ou não, analisar o peso dos painéis que será suportado, além do espaçamento e espessura da estrutura de sustento do telhado. A indicação, portanto, é que tal avaliação seja feita por um engenheiro civil capacitado.” 

Outro item que precisa ser observado é a forma de instalação do equipamento que deve deixar um corredor entre os painéis para futuras operações e manutenções. Caso contrário, será necessário desmontar a usina a cada manutenção.

 

Valorização do imóvel

A adoção de práticas sustentáveis, como a energia solar, também valoriza o imóvel. Isso é o que pensam os representantes da 676 Administradora, por considerarem este um diferencial no mercado imobiliário. Segundo a empresa, edifícios que oferecem soluções ecológicas, e que demonstram preocupação ambiental, atraem mais interessados, sendo mais valorizados por investidores e locatários. Tudo isso se reflete numa crescente demanda por unidades sustentáveis.

 

Fonte: revista O Síndico Edição 58


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