Endividamento por cartão de crédito impacta recebimento das taxas condominiais

15 set | 2 minutos de leitura

ESCRITO POR: Cristiano Magri
Graduado em Administração e pós-graduado em Finanças, Auditoria e Controladoria na FGV, sócio-diretor da Ativa Cobrança


Há um ano e seis meses, iniciou a pandemia de COVID 19 no Brasil que impactou profundamente a saúde financeira de pessoas, empresas e condomínios.

As famílias brasileiras estão cada vez mais endividadas, batendo um novo recorde. No mês de agosto, 72,89% de brasileiros estavam inadimplentes, 7,289 em cada 10 brasileiros possuem dívidas em aberto.

A grande parte da dívida, 83%, se concentra no cartão de crédito que pratica umas das maiores taxas do mercado, 364% ao ano, sendo que até as taxas oferecidas para parcelamento rotativo das faturas são altas, podendo chegar a 246,08% ao ano.

Com o advento da inflação e com a perda do poder de compra, a população, principalmente a de baixa renda, está utilizando o cartão de crédito como complemento para consumir bens de primeira necessidade, como alimentos. A fatura do cartão compromete mais de 30% da renda, o que acabava virando uma bola de neve e, em determinado momento, pela capitalização dos juros compostos, o inadimplemento.

Esse é o reflexo da falta de educação financeira dos brasileiros que não possuem a cultura de poupança para reserva de emergência. Os bancos vendem o sonho da casa própria, impondo metas exorbitantes para seus gerentes que efetuam a venda de um imóvel sem explicar com exatidão as taxas efetivas, as formas de amortização e, principalmente, a obrigação de quitar a taxa condominial. Já escutei propagandas de vendas de imóveis, com promessas de taxas condominiais baixíssimas, sendo que não há como prever, pois quanto maior a inadimplência, maior a taxa condominial.

É preciso planejamento para adquirir um bem, verificar se a parcela do imóvel junto com a taxa condominial e demais despesas fixas e variáveis do indivíduo ou da família cabem no seu orçamento para não se endividar.

Uma dica é não comprometer mais de 30% da renda familiar, pois caso ocorra uma emergência, a chance de ficar inadimplente diminui.  Caso endividado, a pessoa deve se reunir com a família para equacionar as dívidas e selecionar as prioridades. Taxa condominial é prioridade, ela é rateio. Procure negociá-la antes que acumulem várias parcelas e fique mais difícil de honrar. O acordo extrajudicial é sempre o melhor caminho.


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