Um conceito de ocupação que supera a busca pelo bem-estar

24 set | 7 minutos de leitura
Para Ronaldo Tomaz, gestão preza em fazer o máximo possível com o menor custo, sem colocar em risco a qualidade do empreendimento
Ronaldo Thomaz

Juiz de Fora entrou para o rol de cidades que abrigam a marca Alphaville, de empreendimentos horizontais de grande porte e alto padrão. Entregue em 2014, o loteamento fechado que ocupa uma área de 2 milhões de metros quadrados, coloca a cidade como destaque entre os municípios do Brasil que prezam por qualidade de vida, aliada a um padrão racional de ocupação, que garanta harmonia entre o espaço urbanizado e o meio ambiente. A revista O Síndico conversou com o presidente da Associação Alphaville Juiz de Fora, Ronaldo Tomaz.

Qual a importância da chegada de um empreendimento como o Alphaville para Juiz de Fora?

O Alphaville colocou nossa cidade no cenário dos grandes empreendimentos. Ela foi escolhida porque possui mais de 600 mil habitantes e tem, como o Alphaville, valores que perpassam o conceito de sustentabilidade, respeito, excelência e desenvolvimento contínuo. Sua concepção de qualidade de vida se ajusta perfeitamente ao conceito do Alphaville para seu público que é sinônimo de bem viver.

Explique melhor sobre o conceito de bem viver do Alphaville.

Refere-se à criação de espaços onde vizinhos formem verdadeiras comunidades que zelam pelo meio ambiente. Aqui, a soma de esforços resulta na aproximação de pessoas e ideias para garantir esse bem viver que se almeja. Como diferencial, temos uma grande preocupação com as regras de construção. O Alphaville busca uma construção ordenada que promova a integração entre os vizinhos. A ideia é a que cada associado reflita “o que eu construo para a minha felicidade não pode ser um motivo de infelicidade para o meu vizinho.” Em outros condomínios e loteamentos, notam-se as pessoas construindo residências sem se preocupar com o impacto que vai causar na vida do vizinho quanto à ocupação do solo, espaço para a captação da luz do sol e a ventilação. Nós temos as nossas regras de construção que não somente criam uma norma organizada para a associação, mas também facilitam a vida do nosso próximo.

E como fica a adaptação dos moradores às normas peculiares do Alphaville?

As obras começaram aqui em 2011, e o loteamento foi entregue em 2014. No início, o novo sempre causa uma atmosfera de dúvidas, mas ela foi logo dissipada, porque a marca Alphaville se apresenta sozinha. Até agosto, temos registrados seis moradores, 22 obras em execução e 70 projetos que já passaram ou estão passando por análise da associação. A expectativa é a de que tenhamos cem moradores até o final do ano que vem. Quem procura um espaço aqui já conhece os nossos conceitos de organização de construções, ocupação ordenada do solo e a preocupação com a segurança.

Qual a forma de gestão do Alphaville?

O conceito primordial é o da autogestão, em que os próprios moradores fiscalizam o cumprimento das orientações, através da Associação de Proprietários. Somos uma equipe com vários núcleos gestores como o núcleo responsável pelo Clube, pela Segurança, Manutenção. Há o núcleo Financeiro e também o de Projetos. Este, por exemplo, conta com uma comissão formada por arquitetos para que possam dirimir quaisquer dúvidas ou propor algum tipo de solução para algum impasse que possa existir em obras. Há também o núcleo responsável pelos Funcionários, que entre efetivos e terceirizados já somam mais de 50 pessoas. Todos com um único objetivo: fazer o máximo possível com o menor custo possível sem colocar em risco a qualidade do empreendimento.

Como funciona a gestão financeira e como anda a inadimplência?

A administração financeira é feita por um coordenador que conta com uma funcionária no desempenho das tarefas. O índice de inadimplência é muito baixo. Conseguimos na atual gestão criar rubricas de despesas. E todas as nossas despesas têm que passar pela aprovação de cada rubrica, assim garantimos total controle de gastos e investimentos.

Como é feita a segurança e a manutenção do loteamento?

O trabalho de segurança é realizado por uma empresa terceirizada e especializada no que há de mais moderno na área. Fazem uso de arma de choque e têm um grande rigor para permitir o acesso de pessoas estranhas ao loteamento. Para se ter uma ideia há, por exemplo, um controle dos profissionais que trabalham nas obras de residências sendo feita, ao final do expediente, uma contagem e checagem de cada um dos registrados pela equipe de segurança. Já a manutenção é realizada por uma equipe do próprio loteamento que garante o trabalho contínuo e para os casos específicos em maior necessidade contratamos serviços de terceirizados.

O paisagismo é um dos pontos marcantes do empreendimento, cercado por áreas de preservação ambiental. Como são mantidas as áreas verdes do empreendimento?

O loteamento tem 2 milhões de metros quadrados. Metade é destinada à área verde. Os lotes estão na parte alta. Na parte baixa, estão as áreas verdes e nascentes. Um princípio do Alphaville é fazer a retirada da primeira camada do solo que é a camada mais fértil assim que se inicia o loteamento. Então se começa a trabalhar o local, deixando essa faixa separada. Depois do loteamento organizado, ela volta e é recomposta ao solo. Por isso, que temos uma grande área verde. Não é à toa que dizem que no Alphaville parece que as árvores crescem mais rápido. O potencial de água das nascentes aumentou muito. E nossa preocupação com a sustentabilidade não para por aí. A gestão da água e do lixo também são foco de ações constantes. Os moradores são orientados a separar corretamente seu lixo, que segue para um depósito do Alphaville antes de ser coletado pelo Demlurb em dias específicos. Já toda a água que sai de obras é direcionada para um sistema de filtragem, havendo também um sistema de separação de água e óleo de onde a água resultante passa a ser reaproveitada na irrigação de nossa grande área verde.

Há itens do regimento interno que tratam do regramento da ocupação do solo, um dos diferenciais do Alphaville. Fale um pouco sobre eles.

Há um conjunto de normas de uso e ocupação do solo que funciona como uma espécie de lei de zoneamento particular. Aplicadas às construções, essas regras estabelecem parâmetros e limites como o número máximo de pavimentos, a metragem mínima de recuos e o limite de impermeabilização do solo, entre outros itens. Isso garante a qualidade urbanística e a ocupação de forma ordenada.

Todo projeto de construção, antes de ser encaminhado à Prefeitura, tem que passar pelo crivo do Alphaville. A nossa norma é mais rígida que a da Prefeitura. Aqui, por exemplo, se exige que o recuo lateral deva ser de um metro e meio dos dois lados da construção. Temos um limite máximo de altura de 12 metros, que é o ponto mais alto possível para uma construção. Isso tudo para possibilitar que o sol fique mais tempo na sua residência e também na residência do vizinho. O recuo frontal deve ser de cinco metros. Sabemos que essa rigidez nos ajuda a manter as características e a qualidade do empreendimento.

Que exemplos o Alphaville pode dar a outros condomínios e associações que existem na cidade?

O mais importante é a rigidez na condução das normas. Não se pode criar exceções. Aqui as regras são para todos. Não permitimos, em hipótese alguma, que um associado dê início às obras sem ter o alvará de construção em mãos. Para morar, a autorização só é registrada mediante a apresentação do Habite-se. Além de qualidade de vida, garantimos a valorização progressiva do empreendimento.

O que é ser presidente do Alphaville para você? Como lidar com os desafios de gerir um empreendimento tão grandioso?

Sempre, desde a minha adolescência, me envolvi em atuações em Organizações Não-Governamentais (ONGs) e associações de moradores. O trabalho aqui, como presidente, além de ser uma honra por ter merecido a confiança dos associados, é especial porque gerencio o espaço como uma empresa. Somos a primeira associação de moradores de Juiz de Fora com a qualidade e modo de gestão de uma empresa.

Trabalho com prazer e orgulho para garantir o cumprimento do objetivo desta administração que tem uma diretoria muito participativa. Reunimo-nos às primeiras terças-feiras do mês. Há sempre uma grande frequência de moradores opinando abertamente. Todas as decisões são tomadas às claras e conjuntamente. Afinal, somos uma grande família que trabalha focada na melhoria da condição do bem  estar e qualidade de vida de outras centenas de famílias que estão chegando até aqui. Além de continuar gerando valor para clientes, colaboradores e acionistas, deixando um legado para futuras gerações.

FONTE: Revista O Síndico – Edição 22


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