Elevadores: 10 dúvidas, mitos e verdades sobre o equipamento

09 nov | 5 minutos de leitura
Saiba como funciona o sistema de elevação, freios, iluminação e segurança do meio de transporte vertical – considerado o mais seguro do mundo

Os elevadores fazem parte do nosso dia a dia, mas nem sempre pensamos em toda a tecnologia e engenharia por trás de seu funcionamento. Com isso, podem surgir dúvidas e até mitos sobre sua operação. Reunimos informações para te explicar como opera o sistema do equipamento. Confira:

1. Como funciona?

De acordo com Marici Santos, diretora de instalações existentes e modernização da Atlas Schindler, a operação ocorre por um sistema de contrapesos. “Operando em conjunto, quando a cabina desce, o contrapeso sobe, e vice-versa. Esse movimento é possível graças à máquina de tração e um sistema de polias”, ela informa.

Os elevadores mais modernos também podem funcionar com softwares que cuidam da programação de funções, como controle de velocidade, peso máximo suportado na cabine, abertura e fechamento das portas. “A operação é básica para todos os equipamentos, mas as funções e tecnologias envolvidas variam de modelo para modelo, de geração para geração”, ela comenta.

2. Por que alguns elevadores são mais rápidos do que os outros?

Em edifícios mais altos, é comum encontrar elevadores que realizam a subida em pouco tempo, graças ao avanço da tecnologia. “O sistema de velocidade é controlado por um importante item de segurança, o limitador de velocidade. Quando esse componente identifica que o limite de velocidade especificado foi ultrapassado, ele é acionado automaticamente, freando o elevador, garantindo mais confiabilidade e segurança aos passageiros”, diz Marici.

3. É seguro?

VERDADE. Os elevadores possuem uma série de sensores que só permitem as viagens com portas fechadas, carga dentro da capacidade, controle de aceleração de partida e frenagem. “Há sensores que verificam, por exemplo, a velocidade nominal. Se o elevador estiver muito rápido, freios são acionados”, explica Fernando Peiter, diretor de marketing e vendas da Otis para América Latina. “É importante que os moradores conheçam e saibam se há uma empresa regularizada responsável para fazer avaliações e manutenção do equipamento, e o síndico tem responsabilidade civil sobre os elevadores.”

4. O elevador pode despencar?

MITO. Esses equipamentos são projetados com diversos sistemas de segurança. Há, por exemplo, o freio da máquina de tração, o limitador de velocidade e o freio de segurança. “Apesar de ser comum falar em ‘o cabo ou cinta de tração do elevador’ como se ele fosse apenas um, na verdade, o equipamento conta com, no mínimo, três cabos ou duas cintas. Então, caso ocorra o rompimento de um cabo ou cinta, os demais garantem a segurança dos passageiros”, explica Marici.

Também existem os mecanismos de parada automática, dispositivos de segurança que entram em ação se, em uma situação extrema, todos cabos apresentem problemas. “Existe o limitador de velocidade, que, quando a velocidade ultrapassa um limite pré-estabelecido, o dispositivo aciona mecanicamente o freio de segurança. Quando esse componente identifica que o limite de velocidade foi ultrapassado, ele é acionado automaticamente, freando o elevador”, ela acrescenta.

Caso o comando elétrico por meio dos freios da máquina de tração não provoque a parada imediata, o limitador de velocidade realiza um segundo comando e aciona o freio de segurança, que trava o elevador mecanicamente.

5. O elevador pode ficar parado entre andares?

VERDADE. Há elevadores mais modernos que possuem um sistema automático de nivelamento e, caso ocorra falta de energia, a cabina é nivelada para o andar mais próximo. Equipamentos que não possuem tal tecnologia podem ficar desnivelado, mas, segundo Fernando, não há nenhum risco. “O mais importante é que, em nenhuma dessas situações, a pessoa tente forçar a porta ou sair antes que chegue uma equipe especializada para fazer o resgate”, ele alerta.

6. Se faltar energia no prédio, é possível o elevador parar e ficar sem energia também?

DEPENDE. De acordo com Marici, a falta de energia pode parar os elevadores, mas isso varia de cada condomínio, visto que alguns possuem geradores – nestes prédios, o equipamento pode voltar a funcionar sem interrupções. “Os elevadores devem possuir iluminação de emergência, um item especificado em norma, que é acionada na falta de energia, proporcionando aos passageiros segurança e conforto enquanto aguardam serem resgatados. Retornando o fornecimento de energia elétrica, a lâmpada é desligada e a bateria é recarregada automaticamente”, ela esclarece.

Alguns elevadores ainda possuem o sistema de resgate automático. “Esse sistema eletrônico opera com bateria recarregável e movimenta a cabina, em baixa velocidade, até o pavimento mais próximo, controlando a abertura das portas automaticamente para permitir a saída dos passageiros. Depois de um tempo predeterminado (cerca de 20 segundos) as portas se fecham automaticamente e o elevador fica estacionado até que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido”, ela completa.

7. O elevador parado pode ficar sem ar?

MITO. “Todo projeto de elevador é feito de acordo com normas, nacionais e internacionais, que seguem um nível mínimo de ventilação. O poço do elevador é um lugar extremamente bem ventilado, mas nem sempre é possível ver as aberturas da cabina”, diz Fernando.

8. É perigoso pular dentro de elevadores?

VERDADE. O balanço da cabina pode desregularizar o sistema do equipamento, prejudicando seu funcionamento efetivo. “Essa prática não vai fazer o elevador cair, pois há os sensores de segurança. Porém, pode danificá-lo, exigindo manutenção extra”, afirma Fernando.

9. Segurar a porta dos elevadores por muito tempo é prejudicial?

VERDADE. De acordo com Fernando, a porta batente – comum em elevadores antigos – é equipada com uma mola amortecedora, que vai se desgastando com o tempo, e segurar o fechamento da porta acaba forçando ainda mais sua estrutura. O mesmo acontece com os elevadores de porta automática: o sistema de abre e fecha poderá ficar desgastado. “Essa prática não prejudica diretamente a segurança do equipamento, mas pode gerar custos maiores de manutenção para os condomínios”, ele aponta.

10. É possível reformar elevadores?

VERDADE. Segundo Marici, a atualização tecnológica e estética proporciona uma valorização do empreendimento, melhor desempenho e eficiência com menor consumo de energia, mais segurança, conforto e acessibilidade aos passageiros. “O tipo de modernização depende da necessidade e desejo do condomínio e é executada sob medida para ajustar-se perfeitamente aos edifícios ocupados, ou seja, em operação”, ela diz.

As possibilidades existentes são a substituição total (troca completa dos equipamentos); modernização parcial (aproveita sistemas existentes e troca apenas alguns); e o redesign (modernização estética da cabina sem alterar a sua estrutura original). “Esta última proporciona maior integração aos equipamentos, à arquitetura e à decoração do edifício”, finaliza.

FONTE: Casa e Jardim


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