Manutenção no sistema elétrico dos prédios gera economia e evita acidentes

21 fev | 2 minutos de leitura
Aumento da conta de luz e perigo de apagões exigem olhar mais atento às instalações do prédio

Além do impacto da energia no bolso com o anúncio de uma nova bandeira tarifária aplicada nas contas de luz, ainda existe o risco da oferta de energia chegar a níveis insuficientes para atender a demanda entre outubro e novembro, possibilitando apagões pelo país. Com isso, vale pensar sobre como o lugar onde vivemos têm tratado suas instalações elétricas.

André Heleno Batista é engenheiro eletricista, e defende que as revisões profissionais no condomínio não devem ser feitas só em situações extremas. “Há vários indicadores que apontam para essa necessidade: idade da instalação, intervalo desde a última revisão, falhas em dispositivos de proteção, aquecimento na fiação”, cita.

Outras mudanças no condomínio podem propiciar reforma nas instalações elétricas, como a expansão do número de moradores ou a mudança nos padrões de consumo. Os avanços nas tecnologias disponíveis para gerar energia também são incentivo: os painéis fotovoltaicos, hoje mais comuns em residências, podem aliviar o peso da conta de luz.

Daniel Machado Duarte, engenheiro e fundador da consultoria D&M Perícia Elétrica, relata ter lidado com condomínios recém-construídos cujas instalações ofereciam riscos à segurança dos moradores.

Duarte explica que laudos de vistoria elétrica pagos pelo condomínio não verificam as unidades de moradores, apenas as áreas de uso coletivo. No entanto, o condômino pode contratar uma vistoria individual, para garantir que está utilizando uma energia segura e eficiente também em sua casa.

E para aqueles que se preocupam em gastar demais com as revisões e reparos, especialistas explicam que a economia após estes cuidados é direta e de longa duração. Em especial, identificar as “fugas de corrente” (quando a energia “foge” dos limites do circuito elétrico, como um vazamento) e eliminá-las pode reduzir o valor das contas.

Para além do dinheiro, é importante considerar a segurança. Segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), mais de 1.500 acidentes de origem elétrica aconteceram no país só em 2020, sendo 51% deles fatais. O custo de choques, incêndios e outros incidentes pode ser ainda maior que o das bandeiras tarifárias.

FONTE: Agora


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