O salário de um síndico profissional é alto?

12 maio | 4 minutos de leitura
O salário de um síndico profissional é alto?
O fator financeiro não pode ser determinante para a escolha de um síndico profissional para o condomínio

A figura do síndico profissional tem se tornado cada vez mais frequente no universo condominial. Seja pela falta de pessoas de dentro do condomínio que aceitem assumir o desafio e a responsabilidade do cargo, seja também pela complexidade da atividade, a qual demanda muito preparo para executá-la.

Embora a presença e o papel do síndico profissional sejam considerados fundamentais em qualquer tipo ou porte de condomínio, uma questão que normalmente passa na mente de muitos condôminos é: esse profissional ganha muito ou até mesmo acima do que deveria?

O síndico tem inúmeras responsabilidades, que muitos moradores não enxergam

Para iniciar a construção de uma possível resposta para essa questão, é válida a reflexão de que, assim como em toda profissão, o merecimento ou não seja condicionado à análise do resultado que o profissional, neste caso, o síndico.

Nesse aspecto, o preparo entra como item essencial. A atividade de síndico profissional vem se disseminando fortemente, principalmente, nos últimos cinco anos. O mercado condominial tem percebido que, embora existam aqueles profissionais pouco dedicados e desatualizados, há muitos que estudaram, se prepararam e seguem em constante (e necessária) atualização para desempenhar essa função. Isso contribui definitivamente para o alcance de bons resultados e, assim, a sua valorização.

Por essa razão, apesar de muitos condôminos terem a visão de que se trata de um gasto a mais para o condomínio, o valor despendido a um síndico profissional deveria ser visto como um investimento para se alcançar um objetivo do condomínio, qual seja a sua gestão saudável e eficiente. Para que essa equação seja solucionada da melhor forma possível, o síndico profissional precisa entender que ele é um corpo estranho dentro do condomínio e ele precisa se preparar e apresentar resultados para os condôminos.

O profissional precisa compreender o que querem, que basicamente é a busca por melhorias e a valorização de seu imóvel. Para minar ou ao menos reduzir esse tipo de pensamento por parte dos condôminos, é fundamental o rigor no processo de seleção do síndico profissional.

É preciso saber detalhadamente de cada candidato:

  • Preparo
  • Experiência
  • Cursos realizados
  • Certificações
  • Participação em seminários, palestras e workshops

Tudo isso mostra que o síndico profissional está em constante atualização. Um bom síndico profissional, vale destacar, consegue se pagar, o que significa que sua atuação no condomínio reverte-se em economias ao caixa condominial, ganho com comodidade e segurança aos moradores, além claro da valorização patrimonial.

Esse entendimento tem se concretizado mais recentemente e quem observa a atuação de um bom profissional consegue perceber sua multidisciplinaridade, que demanda conhecimentos nas áreas da Contabilidade, Direito, Administração e até mesmo da Psicologia, exigindo muita responsabilidade e preparo de quem atua nessa profissão.

A complexidade foi ainda mais evidenciada durante a pandemia, tanto que nesse período cresceu muito o número de condomínios com síndico profissional, uma vez que síndicos moradores deixaram o cargo por não aguentarem a pressão sofrida.

A precificação do síndico profissional

A relevância do síndico profissional dentro do condomínio é algo estabelecido. Contudo, o valor de seus honorários não é, havendo aqui outro ponto de questionamento. Embora os condomínios interajam e consigam até um valor médio praticado no mercado, o que muitas vezes acaba até por desvalorizar o profissional, a definição desse montante deve partir do escopo do trabalho a ser demandado, bem como a experiência e preparo do profissional para executá-lo de maneira bem-sucedida.

Nesse sentido, ao condomínio que busca esse tipo de profissionalização da gestão é importante ter ciência de que o critério determinante nesse processo de escolha do síndico não seja o fator financeiro. A qualidade do profissional, seu currículo e preparo, bem como suas referências no mercado devem ser os fatores primordiais.

Hoje, já se tem à disposição excelentes profissionais, com certificações altamente reconhecidas dentro do universo condominial e que os chancelam como opções certas de escolha. E apesar de ainda haver aqueles que seguem com foco principal no custo, é cada vez maior o número de condomínios que acreditam tratar-se de um investimento e, assim, desejam um profissional verdadeiramente capacitado para atender suas demandas.

Nesse processo de seleção, a máxima popular de que “o barato sai caro” é verdadeira e funciona completamente. Por essa razão, embora a precificação do trabalho de um síndico profissional não seja algo definitivo, muito menos tendo como ponderação o fator tempo de sua dedicação ao condomínio, a certeza que fica é que condôminos devem valorizar seu trabalho quando bem feito, quanto ele é capaz de solucionar os problemas e direcionar o condomínio para a comodidade, segurança e valorização do patrimônio.

FONTE: Síndiconet


Reconhecimento Facial em Condomínios: Risco ou Evolução?21, agosto 2025

Reconhecimento Facial em Condomínios: Risco ou Evolução?

ESCRITO POR: João Alberto Britto.  CEO e Diretor Executivo da J A Consultoria, com vasta experiência na área de Segurança Corporativa. É […]

Leia mais
Novas Regras para Carregadores de Carros Elétricos em Condomínios de SP estão por vir14, agosto 2025

Novas Regras para Carregadores de Carros Elétricos em Condomínios de SP estão por vir

Carros Elétricos e Garagens Seguras – Um Tema de Atenção Nacional A crescente adesão aos veículos elétricos traz um desafio e uma […]

Leia mais
O Peso da Responsabilidade: Como o excesso de cobranças afeta a saúde emocional do síndico7, agosto 2025

O Peso da Responsabilidade: Como o excesso de cobranças afeta a saúde emocional do síndico

ESCRITO POR: Henrique Junior  Administrador, especialista em Gestão Empresarial e Finanças, com especialização em Neurociência e Desenvolvimento Humano. Coach, mentor e empresário […]

Leia mais