Residencial Jardim dos Manacás adere à usina de energia solar

Para facilitar futuras operações e manutenções, foi deixado um corredor entre os painéis de energia solar.

Novo sistema de geração de energia possibilitará economia de custos no condomínio

Tendo como foco sustentabilidade e economia, o Edifício Antônio Augusto Teixeira – Unidade Integrante do Conjunto Residencial Jardim dos Manacás, localizado na rua Santo Antônio, centro de Juiz de Fora, instalou, recentemente, placas de captação de energia solar. A instalação foi concluída no mês de julho, quando foi efetivada a conexão da central geradora no local. A expectativa é que, a partir da fatura de novembro, seja possível constatar o percentual de economia gerada.

Para Welba, ao optar por essa tecnologia, está se promovendo um estilo de vida mais sustentável e responsável.

 

Até a conclusão da instalação e início efetivo da captação, a síndica Laélia Freire de Almeida Alves conta que vários passos e cuidados foram tomados. “Temos um morador que é professor de engenharia elétrica. Ele listou, em um documento, tudo o que precisávamos para fazer as cotações, e o encaminhamos para empresas indicadas. De posse das propostas, marcamos uma assembleia geral e apresentamos aos condôminos presentes. Na ocasião, discutimos alguns pontos e definimos pela escolha da maioria.” 

Nesse caso, conforme explicou a atendente de condomínios da 676 Administradora, Welba Lúcia de Paula, com a realização da assembleia geral extraordinária com item dedicado ao assunto, venceu o voto da maioria de condôminos presentes, por se tratar de uma obra considerada necessária que gera economia e contribuição ao meio ambiente. 

Sobre a aceitação do projeto, Welba declara que  é importante promover uma comunicação clara e transparente com os condôminos sobre os benefícios da energia solar. E completa: “um projeto bem estruturado, que considere as opiniões e preocupações dos envolvidos, não apenas facilita a aceitação, mas também fortalece o senso de comunidade e engajamento em torno de práticas sustentáveis”.

Economia e sustentabilidade

Economia e sustentabilidade foram os motivos para a escolha do sistema solar fotovoltaico, relatou a síndica. Isso porque a energia solar é considerada uma energia renovável, limpa, gerada com o mínimo impacto ambiental e de forma sustentável, trazendo consigo conceitos como conscientização e preservação do meio ambiente. 

Reforçando a questão, Welba destaca que a instalação de painéis solares pode resultar em economias substanciais nas faturas mensais de energia, permitindo que os recursos financeiros sejam melhor alocados em investimentos na infraestrutura do condomínio ou para diminuição das taxas condominiais. “Isso não apenas beneficia financeiramente, mas também melhora a qualidade de vida, permifindo que o condomínio invista em outras áreas, como segurança e manutenções preventivas e corretivas”, relata.

Segundo o eletrotécnico da Solar Maxx, Pedro Rocha Martins, responsável pela instalação do sistema fotovoltaico no condomínio, os equipamentos para usinas solares são pagos, em média, entre dois e cinco anos, dependendo das condições do financiamento. “Hoje em dia, eles têm garantias longas. Um exemplo é o inversor, cuja garantia é de 12 anos, enquanto os painéis têm garantia de 15 anos. No caso do condomínio em questão, será possível pagar a usina nos três primeiros anos e, durante nove anos, do quarto ao décimo segundo ano, será só economia, tratando-se, portanto, de um ótimo investimento. Após a instalação do sistema, o valor da fatura fica muito reduzido”, destaca Pedro.

 

Após a instalação do sistema, o valor da fatura fica muito reduzido

 

Cuidados com a instalação

Para evitar problemas e acidentes como o que aconteceu em agosto no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Conceição, em Recife, cujo teto desabou matando duas pessoas e ferindo outras 22, é muito importante escolher bem o local para a instalação dos equipamentos e seguir fielmente o projeto e a orientação da empresa contratada que deve ter um profissional técnico habilitado que assine pela obra. 

A síndica Laélia destaca que, antes da instalação, foi feita uma manutenção preventiva no telhado, abrangendo sustentação, telha e calha. “Substituímos o que foi necessário para total segurança na instalação das placas.” A intenção é que o telhado sustente a carga de sobrepeso dos equipamentos, assim como a carga do vento a ser impactada sobre a usina.  

O eletrotécnico ressalta que as características do local precisam ser bem avaliadas. “Precisamos analisar o tipo de telhado, se a estrutura estará exposta ou não, analisar o peso dos painéis que será suportado, além do espaçamento e espessura da estrutura de sustento do telhado. A indicação, portanto, é que tal avaliação seja feita por um engenheiro civil capacitado.” 

Outro item que precisa ser observado é a forma de instalação do equipamento que deve deixar um corredor entre os painéis para futuras operações e manutenções. Caso contrário, será necessário desmontar a usina a cada manutenção.

 

Valorização do imóvel

A adoção de práticas sustentáveis, como a energia solar, também valoriza o imóvel. Isso é o que pensam os representantes da 676 Administradora, por considerarem este um diferencial no mercado imobiliário. Segundo a empresa, edifícios que oferecem soluções ecológicas, e que demonstram preocupação ambiental, atraem mais interessados, sendo mais valorizados por investidores e locatários. Tudo isso se reflete numa crescente demanda por unidades sustentáveis.

 

Fonte: revista O Síndico Edição 58

Cresce adesão à energia solar por assinatura em Juiz de Fora

Foto Freepik
Modalidade permite que consumidores adquiram energia a um custo inferior ao tradicional

Por sustentabilidade, entendemos, a forma de suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras. O desenvolvimento sustentável busca maneiras de crescer economicamente, tecnologicamente e socialmente, com foco na preservação de recursos naturais de forma consciente.

Diante disso, as fontes de energia limpa vêm ganhando destaque na sociedade, especialmente pela maior conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente. Assim como outras fontes sustentáveis, a energia solar se destaca por sua contribuição com a natureza, isso porque ela é considerada inesgotável. E mais: trata-se de uma fonte de energia que não produz resíduos, não emite poluentes atmosféricos como óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2), prejudiciais à saúde e ao meio ambiente; não produz ruídos e também não impacta na fauna e flora local. Dessa forma, pode ser realmente considerada 100% limpa.

Lei 14.300

Em 6 de janeiro de 2022 foi instituído no Brasil o Marco Legal da Geração Distribuída, por meio da Lei 14.300, que estabelece o regramento da micro e minigeração distribuída de energia, modalidade que permite que consumidores produzam a própria eletricidade e obtenham economia na conta de luz por meio de um sistema de compensação de créditos com a concessionária de distribuição.

A partir disso, surgiu a modalidade de assinatura de energia solar, por meio da qual o cliente contrata uma empresa que tem créditos, a partir de energia gerada nas fazendas solares, passando a consumir energia a um custo inferior ao tradicional.

 

Adesão em JF

Segundo a administradora Silayne Viccini, a economia tem um impacto direto nas despesas ordinárias

Os benefícios da energia solar são tantos que Juiz de Fora conta uma administradora que converteu praticamente todos os condomínios sob sua responsabilidade para esta modalidade.

“O que motivou a conversão da energia tradicional para energia solar, em um primeiro momento, foi a possibilidade de economia no valor mensal da conta de energia, mas, atrelado a isso, tem a questão do planeta, a preocupação em ter uma fonte limpa de energia”, destaca a proprietária da Lázuli Condomínios e Síndicos, Silayne Viccini. Ela relata que, do total dos condomínios administrados pela Lázuli, cerca de 90% já aderiu à energia solar.

Segundo Silayne, após a adesão, os moradores percebem que “o valor da conta de luz cai em torno de 20% em relação ao que pagavam, com impacto direto nas despesas ordinárias, refletindo na taxa de condomínio. Penso que esse é um ponto atrativo que ajuda a valorizar o imóvel”.

Responsável pela administradora, Silayne aponta os benefícios ao meio ambiente como motivos para incentivar outros condomínios a fazerem a mudança. “Temos que pensar que a energia solar não polui o meio ambiente e não há necessidade de manutenção. Pensamos em diminuir as taxas de carbono para reduzir a poluição. É uma energia considerada infinita, que tem o sol como fonte.”

Silayne lembra que o primeiro passo para a compra da energia limpa é pesquisar empresas que oferecem o serviço.

“É importante conferir a idoneidade da empresa, ver seus antecedentes e se ela realmente está entregando o serviço que promete. Após fazer essa pesquisa e escolher a empresa, você vai fazer um contrato de fornecimento de energia, o qual deve ser avaliado com atenção.”

 

Energia via plano de assinatura              

De acordo com a síndica Leivânia, a possibilidade de baixar o custo da energia foi o que mais chamou a atenção

Uma dúvida importante diz respeito à diferença entre um plano de assinatura e a instalação de placas solares. “A diferença está no fato de o plano de assinatura não requerer nenhum tipo de investimento ou instalação de equipamentos ou placas solares. Já as placas exigem espaço físico exposto diretamente à luz solar, além do investimento na implantação. No caso de condomínios verticais, raramente há espaço na cobertura ou no térreo para instalação de placas solares”, explica o consultor sênior da iGreen Energy, Julio Walter Sanábio Freesz.

Foi justamente a economia e o fato de não ser necessário qualquer tipo de investimento ou realização de obras que chamou a atenção da síndica do Condomínio do Conjunto Parque Independência, Leivania Maria Laureano Valente, que fechou contrato com a empresa em 2022. “Fomos atraídos pela possibilidade de baixar o custo da energia, e também pela questão da sustentabilidade.”

Segundo Julio, a partir da adesão e decorrido o prazo para efetivação da injeção de energia compartilhada, que é de até 90 dias, o cliente passa a receber a conta da Cemig com valor menor (incluindo, aqui, tarifas obrigatórias, como taxa de distribuição, iluminação pública e impostos) e um boleto da iGreen contendo o valor da energia injetada, com desconto mínimo de 10%.

 

 

 

Desconto progressivo

O consultor sênior da Igreen Energy, Júlio Sanábio, explica que o plano de assinatura não requer nenhum tipo de investimento

“Na iGreen, temos um grande diferencial, o cashback. O condomínio que faz sua adesão obtém um desconto mínimo garantido de 10%, enquanto os condôminos também podem fazer adesão individualmente, com direito ao benefício. E mais: oferecemos ao condomínio um bônus com desconto de 2% sobre cada boleto iGreen pago pelo morador. Dependendo do número de moradores e  valor de suas contas, o desconto final do condomínio pode chegar a 100%.”

No caso de condomínios grandes, que possuem sua tarifa de energia com média e alta tensão, a iGreen oferece uma opção especial chamada mercado livre, que pode oferecer descontos de até 25%. “Outro ponto positivo dos nossos serviços é que, para assinatura iGreen, não há fidelidade. Se um morador precisar, basta solicitar o cancelamento da assinatura sem cobrança de multa.”

Facilidade

A síndica Leivania lembra que a parte burocrática, de aprovação da adesão ao plano de assinatura de energia foi “bastante simples. Não levei para aprovação em assembleia, já que não  teríamos que realizar nenhum tipo de investimento.

“A questão foi discutida na esfera da administração e com membros do conselho. Recebi o contrato para análise, que, aprovado, foi assinado digitalmente. Aliás, cabe destacar que todo o processo é 100% digital”.

 

Fonte: Revista O Síndico Edição 57